religião e empatia
INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentamos a origem etimológica da palavra empatia, com uma breve explicação de como veio a ter o significado atual, bem como alguns conceitos de empatia, que costumam enfatizar pontos diferentes de suas características peculiares. A seguir, discutimos como a Psicologia vê a empatia hoje, como se constitui, e como pode ser reconhecida. Oferecemos, a partir de uma de análise crítica e histórica, uma perspectiva positiva de aproximação entre religião e ciência, e o que consideramos relevante dentro da religião que poderia ser relacionado com a empatia segundo a Psicologia. Por fim apresentamos um exemplo (caso) da prática de empatia de uma religiosa na cidade do Rio de Janeiro, e algumas considerações, que acreditamos serem importantes para a Psicologia em seu estudo da empatia nas relações sociais.
A ETIMOLOGIA DA PALAVRA EMPATIA
A palavra empatia derivou da palavra alemã “einfühlung”, cunhada para descrever a atitude de um observador diante de algo estético, como uma pintura ou escultura. Afinal, o homem sempre esteve em contato com coisas provocativas à sua interpretação e emoção (Enz & Zol, 2006). Mais tarde, Titchener (1909) traduziu-lhe como “empathy”, designando-a como a capacidade de conhecer a consciência de outra pessoa através de um esforço interior da mente. Essa ideia derivou de palavras gregas, já há algum tempo, conhecidas pelas ciências médicas e humanas: “em”, ou através, e “pathos”, sofrimento, emoção, sentimento provocado. Por assim dizer, “empatia” começou a designar essa capacidade de uma pessoa poder se ver na condição da outra. Daí por diante, a Psicologia em especial, se apropriou do termo para designar a capacidade de se colocar no lugar do outro, vicariamente (Mehabian e Epstein, 1972: Hoffman 1977, apud Thompson, 1992).
CONCEITOS DE EMPATIA Para Adam Smith, pai da economia, a empatia é a capacidade de “trocar de lugar na imaginação com o sofredor”. Nesse conceito a tomada de