Religi O E Antropologia Filos Fica
É impossível abordar o fenômeno religioso como uma verdade absoluta, mas ele sugere um caminho para compreender a verdadeira essência do ser humano. Para isso, é importante ressaltar que o homem, diferente dos outros seres, tem uma consciência, ou seja, tem capacidade de pensar além do que está formalizado em sua realidade, e por isso elabora perguntas sobre sua existência, sobre seu passado, futuro e tudo aquilo que ainda não lhe foi revelado. A partir daí, surgiu a ciência e seus diversos ramos que, dentre eles, destaca-se ao assunto a Antropologia: o estudo do homem e suas obras.
A antropologia, que deriva da junção das palavras gregas antropos (humano, ou homem) e logos (pensamento ou razão), tem como objetivo estudar o homem e suas características evolutivas: evolução física, evolução cultural e a social. É uma ciência bastante abrangente, por existir muitos seguimentos dela, e isso garantiu muitos conhecimentos sobre a humanidade. Contudo, com toda a amplitude que a Antropologia oferece para complementar a inteligência do homem, ela não é capaz de suprir a necessidade do mesmo pela “busca pelo saber”, isto é, ela identifica as suas características, mas não a essência.
Analisando toda história evolutiva humana e enfatizando principalmente no último século, em que surgiram os principais filósofos, historiadores, sociólogos e teólogos, citados nesta análise, destacam-se até hoje muitas de suas teses indicadoras para uma melhor compreensão do ser humano. Mesmo os teóricos mais contraditórios concordavam que o homem também é Homo religiosus. Ainda que possua uma capacidade de raciocinar, de captar o sentido de muitas coisas, é incapacitado de entender a sua verdadeira essência, pois seu conhecimento sobre si é limitado, condicionado pela sua própria percepção e por seu aparato cognitivo. Ele, pela lei moral, se sente dependente de um ser superior, principalmente tratando-se de sua origem. E, como descreve Van der