relevo
Dotado de um quadro natural em grande parte diverso daquele do Setor litorâneo Norte, o Litoral Sul de
Pernambuco tem como traço característico de sua paisagem um relevo marcado pela predominância de morros e colinas cujas altitudes variam, em média, de 30 a mais de 400 metros no primeiro caso e de 12 a pouco mais de 50 metros, no segundo, configurando o topo dessas elevações um plano ascendente que se eleva dos limites da
Planície Costeira, onde compõem um modelado suave ondulado, para a extremidade oeste da área onde, em geral, adquirem a feição de relevo montanhoso.
Os morros são formas de relevo modeladas em rochas muito antigas, constitutivas do Embasamento Cristalino, ao passo que as colinas foram modeladas em estruturas mais recentes que a anteriormente referida, pertencentes às
Formações Barreiras, Cabo, Algodoais e Ipojuca. Permeando morros e colinas, ocorrem planícies fluviais formadas pelas várzeas e terraços dos rios que cortam a área.
A leste desses relevos, separando-os da linha de costa, encontra-se a Planície Costeira, de largura variável, origem sedimentar e altitude que oscila entre 0 e 10 metros. Produto da ação combinada dos rios e do mar, a Planície
Costeira apresenta um conjunto de feições onde sobressaem praias, restingas (terraços marinhos), manguezais
(formações palustres ou lamacentas), várzeas fluviais permanentemente alagadas, várzeas e terraços que margeiam o curso terminal dos rios cujas desembocaduras, em geral amplas, interrompem praias e restingas e permitem o fluxo e refluxo diário das marés através do leito fluvial, originando o fenômeno conhecido como afogamento do estuário, responsável pela ocorrência, na área, de extensos manguezais.