Relevo da Região Norte do Brasil
A bacia sedimentar do Amazonas apresenta-se de modo superficial como uma grande planície de características topográficas com aparência de homogeneidade, revestida de formações florestais e com povoamento fraco. Nela, a aparência suave das formas mascara, nesse meio tempo, características geologicamente estruturais e de complexidade de tectonismo.
Esta imensidão superficial de sedimentação vai da parte oriental para a parte ocidental da Ilha de Marajó até as fronteiras brasileiras dos territórios estaduais do Amazonas e do Acre, com os países latino-americanos da República da Colômbia, da República do Peru e do Estado Plurinacional da Bolívia, sendo responsável pela ocupação de uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados. Tornando-se mais estreita na parte oriental, e tornando-se mais larga em direção ao sertão, a bacia de sedimentação é limitada pela zona pré-andina Amazônica e, mais para a parte ocidental, pelos dobramentos da zona subandina que são antecedentes aos grandes relevos da Cordilheira dos Andes.
Alongada da parte oriental para a parte norte-ocidental, a área de sedimentação faz limites, no lado setentrional pelo escudo das Guianas e, no lado meridional, pelo escudo Brasileiro, essas formações geomorfológicas de planalto que se modelam em formações rochosas pré-cambrianas.
A bacia de sedimentação e os escudos de periferia são banhados pela rede hidrográfica do Amazonas, que constitui-se pelo rio que empresta seu nome à bacia hidrográfica e seus afluentes, entre os quais podemos citar:
• pela margem meridional, o Madeira, o Purus e o Juruá, que nascem fora das fronteiras do Brasil, e o Tapajós e o Xingu, que têm origem no Planalto Brasileiro.1
• pela margem setentrional, o Japurá, o Negro e o Trombetas, que nascem em território andino da Bolívia e no Planalto das Guianas.