Relação entra arte e educação
Devemos aprender a perguntar. As respostas virão da experiência particular de cada um com cada coisa, considerando a rica multiplicidade dos significados.
A arte cumpre um papel decisivo para estimular os indivíduos e grupos, inseridos em seus diversos contextos sociais, na percepção de diversas leituras e na ativação do pensamento, num universo cada vez mais imagético, midiático e simbólico. Tal universo não se apresenta, algumas vezes, de forma explícita, pois a percepção da imagem transita entre o consciente e o inconsciente, o olho e a mente, fazendo parte de um conjunto complexo de sensibilidades, e de uma aprendizagem não-formal adquirida com a experiência pessoal e significativa da própria imagem. Em meio à realidade, o indivíduo tem dificuldade em juntar o que é cultural, no sentido mais tradicional do termo, ao que é comercial e publicitário – ou, o que é pior, tenta distinguir e separar um do outro. Esforço inútil. Não há mais um modelo que estabeleça qual a realidade correta a ser seguida; desapareceram as balizas orientadoras do percurso racional, que pretendia chegar no enquadramento “eficiente” das ações do sujeito no corpo social.
O cotidiano, a educação e a cultura estão completamente imbricados, mas essa relação é comumente ignorada pelos sistemas estagnados de ensino. A “didática” separação entre eles pode esconder seus efeitos sociais. As diferenças de classe, a discriminação, o preconceito e a intolerância são alguns dos efeitos causados pela cegueira em relação ao outro, em relação à produção cultural do dia-a-dia, aos caminhos e desvios que cada pessoa experimenta no fluxo da vida cotidiana.
A educação não só está ligada à vida, como deve ser seu