Relação comercial Brasil e México
A relação recente entre Brasil e México teve início em 2002, quando os países firmaram dois acordos no âmbito da ALADI (Asociación Latinoamericana de Integración). O primeiro, chamado Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE-53), estabelecendo preferências tarifárias fixas para cerca de 800 produtos. E o segundo, assinado exclusivamente para o setor automotivo, o ACE-55 (Mercosul-México), que abrange o comércio de veículos leves e pesados, ônibus, carrocerias e autopeças.
Posteriormente, o comércio Brasil-México cresceu mais de 150%, entre os anos de 2003 e 2008, muito em virtude dos acordos supracitados. Em 2008, a corrente comercial atingiu US$ 7,4 bilhões, com um superávit de US$ 1,1 bilhão para o Brasil. Já no ano seguinte, devido à crise financeira, a economia mexicana foi fortemente afetada e o comércio bilateral sofreu uma redução para US$ 5,4 bilhões, com um déficit na balança comercial brasileira de US$ 107 milhões.
Em agosto de 2009, os Presidentes Felipe Calderón e Luiz Inácio Lula da Silva encontraram a solução para aprofundar a relação comercial bilateral. Esta ainda continuava muito aquém dos números que foram registrados anteriormente à crise, indicando a continuidade da recessão mexicana. Portanto, em fevereiro de 2010, na cidade de Cancún, ocorreu uma reunião bilateral no marco da Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, em que os mandatários anunciaram o início de um processo formal de trabalho. Esta atitude foi tomada com o intuito de avaliar e determinar as áreas de oportunidade, alcances, benefícios e sensibilidades de um Acordo Estratégico de Integração Econômica entre Brasil e México. O Comércio Bilateral Brasil-México
A corrente comercial entre Brasil e México é extremamente concentrada e fortemente restrita a poucos produtos manufaturados. Com base nos dados de 2009, nota-se que os principais itens da pauta de exportação brasileira são: automóveis (US$ 532,9 milhões,