Relaçoes precoces
Desde que nasce ate que morre, o ser humano vive integrado no meio social. Alias, só sobrevive porque vive em interação com os outros, num meio construído, modificado, que dá expostas as suas necessidades.
As relações precoces que o bebé estabelece com a mãe e com os adultos que cuidam do recém-nascido e as que vamos desenvolvendo ao longo da vida explicam o que pensamos, o que sentimos, o que aprendemos, é nas relações com os outros que o nosso eu se constrói, nas suas múltiplas manifestações. As relações precoces vão ter um papel fundamental na construção de relações com os outros e na construção do eu psicológico.
As competências básicas do bebé
Abandonou-se a ideia de que o bebé era um ser passivo nos primeiros tempos de vida; constatou-se que apresenta um conjunto de capacidades e competências que estimulam aqueles que o rodeiam a satisfazer as suas necessidades. As observações e experiencias desenvolvidas nos últimos anos mostraram que as capacidades dos bebés, designadamente a capacidade para comunicar, são muito superiores às que, até há pouco tempo, se imaginava.
Competências para comunicar
A comunicação entre o bebé e as figuras parentais faz-se através de um conjunto de trocas, de sinais que manifestam as suas necessidades e o seu estado emocional. A qualidade da relação depende da capacidade dos cuidadores responderem adequadamente aos estados emocionais do outro. Regulação mútua: processo através do qual o bebé e os progenitores comunicam estados emocionais e respondem de modo adequado.
O bebé é um sujeito ativo que emite sinais daquilo que pretende e que responde, com agrado ou desagrado, ao tratamento disponibilizado. O choro, o contacto físico, o sorriso, as expressões faciais e as vocalizações são alguns dos meios a que o bebé recorre para manifestar as suas necessidades e obter a sua satisfação.
O sorriso é uma das formas de comunicação que desencadeia confiança e afeto reforçando os esforços dos adultos em