Relatórios
“A vida é Bela” é um daqueles filmes que já se tornaram de culto, aqueles obrigatórios que toda a gente tem de ver nem que seja só uma vez.
Conta a história de Guido, um simpático e divertido Judeu. Em Itália nos finais dos anos 30, Guido apaixona-se por Dora (minha princesa), uma professora que tem uma relação com um funcionário local. Guido, porém, não desiste de conquistar a sua bem-amada, e, em plena cerimónia de noivado os dois fogem num cavalo branco, tal como nas histórias de princesas, com a particularidade deste estar pintado de verde e dizer “ Cuidado! Cavalo Judeu! “. Durante alguns anos vivem felizes, Guido sendo uma figura impar, uma figura única, o filme muda assim de acção tem uma síntese narrativa, andamos 5 anos para a frente onde Guido e Dora são felizes com o filho Josué, um miúdo muito querido que tem uma terrível aversão a tomar banho. Tudo corre bem até ao dia em que pai e filho são levados para o campo de concentração e Dora decide acompanhá-los, fazendo o comboio parar. Guido e Josué ficam juntos durante todo o tempo e Guido consegue convencer o filho, de forma bastante engenhosa, de que estão num campo de férias a jogar um jogo e que o prémio final é um tanque ( o brinquedo favorito do menino ), mas um tanque a sério. Com este filme, Roberto Benigni alcançou a proeza de nos pôr a rir com um dos períodos mais negros da História, o Holocausto. Consegue contar uma história á partida trágica num tom cómico, sem descambar para pieguices nem nada do género. Mostra-nos como o espírito humano pode ser grande, como somos capazes de nos sacrificarmos por aqueles que mais amamos simplesmente para não os fazer sofrer e para sermos premiados nem que seja com um simples sorriso. Por outro lado mostra-nos o reverso da medalha; como uma pessoa se pode tornar fria, má e mesquinha, completamente alheia ao que se passa á sua volta, com os outros, perdida com os seus (pequenos) grandes problemas, sem se aperceber que