Relatório
Arnaldo Cheixas Dias
Claudia Franco de Olim Marote
A todo momento estamos expostos a inúmeros estímulos de todas as modalidades sensoriais. São diversos sons, odores, objetos visuais, estímulos táteis, gustativos, entre outros. Nosso sistema nervoso não processa todos eles até estágios que tornam sua detecção um processo consciente. Há uma seleção dos estímulos que receberão processamento adicional e dos que serão ignorados. Uma forma de seleção acontece pelo processo que deno minamos atenção: os estímulos atendidos são selecionados para processamento em níveis mais elevados, incluindo o consciente. A atenção é mais comum ente observada pela alteração do comportamento do indivíduo. Assim, quando queremos examinar com mais eficiência um estímulo movimentamos o respectivo órgão sensorial em sua direção. O movimento dos olhos, por exemplo, permite que uma imagem recaia em nossa fóvea, aumentando a eficiência de seu processamento. Entret anto é possível orient ar a atenção sem que haja movimentação das superfícies sens oriais. Por exemplo, quando num ambiente repleto de pessoas, com diversas conversas paralelas, conseguimos alternar nossa atenção entre uma conversa e outra; ou quando acompanhamos o movimento de uma pessoa interessante “pelo canto dos olhos”.
O que determina o engajamento da nossa at enção? A atenção pode ser atraída por um estímulo bastante saliente (uma porta batendo) ou podemos voluntariamente procurar por algum estímulo em particular
(um livro numa estante). Assim, há uma diferenciação entre orientação exógena (automática) e endógena (voluntária) da atenção, ao mesmo tempo em que há uma in teração entre elas. Dessa forma, um indivíduo é melhor na det ecção de um objeto numa cena visual se ele conhece de antemão algumas de suas características.
Esta facilitação depende da habilidade de representar esta informação prévia (“set
” perceptual) e usá-la para induzir o