RELATÓRIO SOBRE O ESTUDO DO CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS.
No caso dos exploradores de cavernas, podemos destacar a presença de teorias antropológicas tanto nos argumentos de condenação quanto nos de absolvição. Por exemplo, no depoimento de absolvição do juiz Foster, que acredita que os exploradores não devem ser punidos pelo crime, em justificativa de que estavam em “estado de natureza” e não em um “estado de sociedade civil”, baseia-se na teoria de comportamento desviante. Levando em consideração a situação em que eles se encontravam, podemos afirmar, de acordo com esta teoria que, os exploradores não tinham consciência do que estavam fazendo e muito menos pensaram sobre as consequências, já que, no momento eles tinham um problema de sobrevivência a resolver. Outro exemplo se dá no depoimento de condenação do Juiz Kenn, pelo seu ponto de vista etnocêntrico, ele alega que Whetmore não fez nenhuma ameaça à vida dos réus, portanto não se enquadra um assassinato por legítima defesa e os réus deveriam ser condenados pelo crime cometido e a lei deve ser aplicada em qualquer circunstância.
Vimos como a Antropologia ajuda a interpretar melhor os fatos que ocorrem, proporcionando uma melhor aplicação do direito na realidade. A visão antropológica, permite criar uma visão mais ampla dos problemas que envolve o direito, usando conceitos que são de fundamental importância para a interpretação e para vivermos de forma mais igualitária, preservando sempre a cultura do outro (do diferente) como essencial para a compreensão da nossa cultura, de nós mesmos e do lugar onde vivemos.