Relatório sobre o documentário Muito Além do Peso
É comum hoje em dia nos depararmos com crianças, adultos e até mesmo pessoas idosas fazendo o uso continuo de tablets, smartphones, notebooks e afins, sem moderação alguma, utilizando até mesmo durante as refeições. Um estudo realizado com 44 homens e mulheres identificou que aqueles que almoçavam, enquanto usavam o computador comeram uma maior quantidade de biscoito, 30 minutos mais tarde do que aqueles que comeram sem ter nenhuma distração. Os pesquisadores concluem que quem estava em frente ao computador tinha memória difusa e, mesmo depois de almoçar e estar saciado, eles se sentiam menos satisfeitos do que as pessoas que comeram na mesa, sem distrações. A mesma situação ocorre quando se está em frente a televisão ou utilizando outros artefatos tecnológicos.
O que dizer do argumento da criança, quando ela diz à mãe que o alimento não pode fazer mal porque o garoto do anúncio está comendo e está feliz? Se fizesse mal, a empresa não venderia... Outra fala do publicitário: “Não se pode cercar a comunicação de um produto cuja venda é legal do ponto de vista jurídico, do ponto de vista da vigilância sanitária, e de todos os órgãos competentes existentes para avaliar o produto. Aqui cabe a discussão do que legal e do que é justo, ético, honesto.
O ponto de vista do publicitário no documentário faz todo sentido, afinal não faz sentido barrar ou julgar como a vilã da história a publicidade de um produto que é legal no ponto de vista jurídico, ou seja, o produto pode existir e ser vendido normalmente, porém ninguém pode saber de sua existência, a produção e fabricação do produto é que deve ser fiscalizado de forma rígida. Se as próprias fabricantes investirem em produtos de origem mais natural e mais leve, sem a utilização de químicas, agrotóxicos, ou gordura em excesso, os hábitos alimentares das famílias seriam diferentes, pois automaticamente as publicidades seriam obrigadas a valorizar esse tipo de alimento não como um