Relatório do filme drive j
Drive
(Nicolas Winding Refn)
Relatório do filme Drive
Dirigido por Nicolas Winding Refn, Drive é um filme hollywoodiano que tem um ritmo totalmente cauteloso, pode até ser comparado com filmes europeus, pois a maioria das cenas nos faz pensar, são intimistas e têm propósitos realmente importantes, cenas rápidas que definem os personagens, como por exemplo, uma cena logo no inicio onde mostra o mapa da cidade (onde o Driver vai fazer o assalto) todo rabiscado e marcado, com essa cena sabemos o quão sistemático e cuidadoso é o personagem principal.
A história do filme é totalmente profunda e mesmo sendo assim, é toda contada de uma maneira pop, A direção do filme e equipe técnica utiliza de uma trilha totalmente “retro”, desde o momento que aparecem os créditos iniciais aliado da trilha sonora, a primeira impressão que se tem é que, estão devolvendo o espectador a década de 80, com a utilização da música eletrônica em sua essência utilizando de sintetizadores e recursos “futuristas”, muito recorrentes naquela década que teve seu auge com bandas como: Information Society, Kraftwerk, Depeche Mode entre outros. A fonte utilizada nos créditos (iniciais e finais) também chama atenção e tenta reviver a “década de ouro”, pois as cores vivas e extravagantes compõem toda essa parte informativa e técnica do filme. O filme não tem quase dialogo e é bem poético. A iluminação é totalmente proposital e o silencio dos personagens é significativo.
O personagem principal luta o filme todo contra seu verdadeiro caráter, contra um instinto violento e feroz que tem dentro dele, por isso muitas vezes a atuação de Ryan parece meio que engessada, meio robótica, isso se dá a ele querer lutar contra a sua própria natureza, como exemplo disso tem a cena do elevador, onde antes de cometer o assassinato do cara que pega o elevador junto com eles, o Drive dá um beijo em Irene, esse beijo