Relatório de pedagoga em espaço não formal.

O artigo trata sobre a relação entre adultos e crianças contemporâneas, a partir de relatos obtidos, onde meninos e meninas na faixa etária entre 9 e 10 anos dizem sobre suas preferências em assistir desenhos animados sozinhas. Através de uma pesquisa realizada em duas escolas da cidade do Rio de Janeiro,sendo uma pública e outra privada,o principal objetivo de tal pesquisa foi compreender a complexidade da relação entre a criança e a Televisão.
Os autores vêm destacando o caráter de entrada franca da televisão que coloca adultos e crianças em pé de igualdade perante a informação. Atentando-se que, segundo Neil Postman (1999), a infância está em vias de desaparecimento porque, diante da televisão, não é mais possível manter-se a contradição adulto que sabe versus criança que não sabe que vem se constituindo como fundamento da concepção moderna de infância. Isso é explicável em face da gravidade de questões como a erotização precoce da criança, a crescente participação infanto-juvenil na criminalidade, o esmorecimento das brincadeiras que constituem a cultura infantil, o empobrecimento das relações entre adultos e crianças etc.
As crianças de hoje, são frutos das inúmeras mudanças, e parecem se incomodar bem menos que os adultos, com elas. Assim, se inaugurou uma nova forma de educação da criança que tem como uma de suas forças motrizes a comunicação televisiva.
Durante a pesquisa, os autores constaram que, independente da condição social, todas as crianças entrevistadas demonstrar que a televisão ocupa um tempo significativo de suas vidas. Por isso o estudo buscou analisar a criança como receptor ativo do que é trazido pelos meios de comunicação,e que sentidos são produzidos quando ela prefere assistir aos desenhos animados sozinha ou acompanhada. Essa construção da pesquisa foi baseada nos estudos sobre a infância que consideram a criança um ator social, sujeito de direitos, com capacidade e voz para influenciar seu próprio destino.
Nos resultados da