Relatório de Fisiologia - Preparação Neuromuscular
Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações. São dotados da capacidade de contrair-se e de relaxar-se, e, em consequência, transmitem os seus movimentos aos ossos sobre os quais se inserem. Estes movimentos são efetuados por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso.
O movimento de todo o corpo humano ou de algumas das suas partes – cabeça, pescoço, tronco, extremidades deve-se aos músculos. De músculos estão, ainda, dotados os órgãos que podem produzir certos movimentos (coração, estômago, intestino, bexiga, etc.).
A maquinaria contrátil da fibra muscular está formada por cadeias proteicas que se deslizam para encurtar a fibra muscular. Entre elas há a miosina e a actina, que constituem os filamentos grossos e finos, respectivamente. Quando um impulso chega através de uma fibra nervosa, o músculo se contrai. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo. As divisões mais delicadas destes ramos (microscópicas) terminam num mecanismo especializado conhecido como placa motora. Quando o impulso nervoso passa através do nervo, a placa motora transmite o impulso às células musculares determinando a sua contração. Se o impulso para a contração resulta de um ato de vontade diz-se que o músculo é voluntário; se o impulso parte de uma porção do sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário. (DANGELO, FATTINI, 2002)
O período de recuperação do músculo esquelético é tão curto que o músculo pode responder a um segundo estímulo quando ainda perdura a contração correspondente ao primeiro. A superposição provoca um efeito de esgotamento superior ao normal. Depois da contração, o músculo se recupera, consome oxigênio e elimina bióxido de carbono e calor em proporção superior à registrada durante o repouso,