Relatório de estágio
Até pouco tempo atrás, a notícia principal de qualquer jornal brasileiro falava sobre os protestos em prol da educação, segurança, e contra o abuso e corrupção dos nossos representantes no Senado. O povo saiu às ruas enlouquecido, com paus em punho, bradando por justiça. Foi uma atitude, digamos, um tanto quanto inesperada, afinal, o brasileiro tem a fama de engolir tudo que lhe vem, aceitar de bom grado qualquer tipo de abuso. O que não faltou na televisão foram denúncias contra vândalos, depredadores, e pessoas que má fé que estavam lá apenas para fazer número. Mas afinal, o que será que motivou tanta gente a sair as ruas para protestar? Por onde estariam se combinando aquele número enorme de pessoas? Como a maioria sabe, a Mídia Ninja é um jornal informal, que procura transmitir o que realmente está acontecendo, sem edições, para o público. Tudo isso em troca apenas de transparência. Esse tipo de mídia é visto com maus olhos pelos jornais formais. Dizem que isso não é jornalismo, e que mostrar o que acontece pelo lado da população não é digno de ser televisionado. Dentre as pessoas que participaram desse protesto, a maioria se encontrou pela internet. Quase tudo foi combinado por lá, afinal, é um dos meios de comunicação mais baratos e livres de se usar, podendo abranger um maior número de pessoas. Isso aponta mudanças demográficas no povo brasileiro, que, até pouco tempo atrás, usava a internet discada. O governo terá que lidar com isso. Não é uma questão de opção, uma vez que o Brasil terá, nos próximos 20 anos, uma população cuja vida passa pela internet 24 horas por dia. “Teremos uma transformação demográfica nos próximos anos, haverá uma geração que terá a internet como meio predominante e que assumirá o mercado de consumo. É um fator demográfico e não há nada que o governo possa fazer senão se adaptar”, segundo Marcelo Coutinho.