Relatório de análise instrumental
Uma titulação potenciométrica envolve medidas do potencial de um eletrodo indicador adequado em função do volume do titulante. A informação fornecida por uma titulação potenciométrica não é a mesma daquela obtida a partir de uma medida potenciométrica direta. Por exemplo, a medida direta de soluções 0,100 mol L-1 de ácido clorídrico e ácido acético deveria gerar duas concentrações de íons hidrogênio substancialmente diferentes porque o último se dissocia apenas parcialmente. Em contraste, a titulação potenciométrica de volumes iguais dos dois ácidos requer a mesma quantidade da base padrão porque ambos os solutos têm o mesmo número de prótons tituláveis (SKOOG et al., 2006).
As titulações potenciométricas fornecem dados que são mais confiáveis que aqueles gerados por titulações que empregam indicadores químicos e elas são particularmente úteis com soluções coloridas ou turvas e na detecção da presença de espécies insuspeitas. As titulações potenciométricas têm sido automatizadas em uma variedade de diferentes maneiras e tituladores comerciais estão disponíveis no mercado. As titulações potenciométricas manuais, entretanto, sofrem da desvantagem de consumirem mais tempo que aquelas envolvendo indicadores. (SKOOG et al., 2006).
A determinação do ponto final por potenciometria é muito utilizada e fornece dados mais exatos do que os valores correspondentes encontrados por titulações que empregam indicadores visuais.
(HOLLER et al., 2009).
As titulações potenciométricas oferecem vantagens adicionais sobre a potenciometria direta. Como a medida é baseada no volume de titulante que provoca uma variação rápida no potencial próximo do ponto de equivalência, as titulações potenciométricas não são dependentes da medida de valores absolutos de Ecel. Isso torna a titulação relativamente livre das incertezas do potencial de junção, pois este permanece relativamente constante durante a titulação. Por outro lado, os resultados dependem muito do uso de um