Relatorio
Chegamos à residência da paciente no horário marcado e esta já estava a nossa espera. Na sala iniciamos o atendimento.
Pedimos para que a paciente nos dissesse algumas coisas que gostava de fazer e que hoje não faz. Ela contou que gostava muito de ir ao shopping lanchar e ver vitrines e que hoje não vai de modo algum. Ela compara o shopping à sua casa, disse que no shopping tem muitas pessoas e na sua casa, além de não ser lotada tem muitas portas e chaves das quais ela tem o controle e pode sair quando quiser. Ela também relata que não gosta nem de lembrar da sensação de falta de ar quando tentou ir ao shopping. Ela diz que a falta de ar iniciou durante sua gestação e quando ia ao shopping piorava. Recentemente (2012) uma amiga da igreja pediu para que ela lhe acompanhasse ao shopping. N. foi com a condição de que fossem apenas à loja e saíssem rapidamente, mas relatou ter se sentido mal, com falta de ar e apontou a região do pescoço como sendo a pior. Ela também se lembrou da explosão de gás que ocorreu no shopping de Osasco há alguns anos e disse que sente medo de ir a qualquer shopping.
Ela acredita que voltar a frequentar shopping não lhe dará prazer nenhum e não se sente preparada para enfrentar o medo.
N. contou com entusiasmo que quer perder o medo de andar de metrô porque tem diversas atividades que gostaria de fazer e com o metrô ficaria mais fácil, por exemplo, ir a 25 de março e ao bom retiro, lembrando que ela frequentava antes da gestação. Ela comentou que sabe que diversas pessoas frequentam esses locais, mas que estes não são tão fechados comparado ao shopping. Ela sente medo porque o metrô fica “em baixo da terra” Sic., tem muitas pessoas e tem receio de a porta não abrir e ela ficar presa.
Também sente vontade de ir à praia para ver o mar. Seu último contato foi com 30 e poucos anos. Ela foi ao litoral norte, mas apesar de não haver túneis no caminho ela disse que foi uma tortura por conta