relatorio
A educação é um dos principais agentes de transformação de qualquer sociedade. Com esse pensamento inicia-se um novo paradigma educacional: uma escola na qual todos aprendem a conhecer e a valorizar a diversidade.
Partindo da premissa de que nenhum segmento da sociedade está isento de racismo, inclusive no ambiente escolar e acreditando que é função da escola formar cidadãos conscientes de seus papéis em sociedade, faz-se necessário a implantação de um Plano de Ação que sedimente e valorize a identidade das crianças nos primeiros anos de escolarização.
A identidade é um conceito do qual faz parte a ideia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir e de pensar e da história pessoal.
Abramowicz e Oliveira (2012) consideram criança e infância a partir daquilo que as diferencia. Isso quer dizer que, nos processos e práticas sociais que incidem e constituem as crianças, desde o inicio, há o recorte de gênero/sexualidade, etnia, raça e classe social produzindo diferenças.
As pesquisas sobre relações raciais que abordaram a questão da criança negra no espaço escolar em sua grande maioria apresentam-na com problemas de relacionamento com seus colegas e professores ocasionados pela cor, gerando uma relação conflituosa e, muitas vezes, nociva para aqueles que acabam sendo rejeitados por seus atributos físicos.
A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diversificadas famílias, o que favorece a construção da identidade da criança.
Dependendo da maneira como é tratada a questão da diversidade, a escola pode auxiliar as crianças a valorizarem suas características étnicas e culturais, ou pelo contrário, favorecer a discriminação quando é conivente como preconceitos.
A interface racismo e educação oferecem possibilidade de colocar no mesmo palco a importância de duas