Relatorio
É uma dermatose referida frequentemente como síndrome paraneoplásica ou manifestação de insulinorresistência. Doença rara da pele, caracterizada por hiperqueratose (excesso de queratina) e hiperpigmentação (lesões de cor cinza e engrossadas, que dão um aspecto verrugoso). É frequentemente associada à obesidade e endocrinopatias, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, acromegalia, doeça do ovário policístico, diabetes insulino-resistente, síndrome metabólica, e Síndrome de Cushing.
Embora possa ocorrer em qualquer local da superfície corpórea, a área mais atingida é a região posterior do pescoço, seguida pelas axilas, face lateral do pescoço, superfícies flexoras dos membros, região periumbilical, inframamária, mucosa oral ou mesmo, em casos raros, planta dos pés e palma das mãos.
As principais causas são as endocrinopatias: a obesidade é o distúrbio mais comum, freqüentemente associado ao hiperinsulinismo, ao diabetes mellitus e à resistência à insulina.
Manifestações Clínicas
Trata-se de um diagnóstico clínico, com confirmação histológica. As áreas mais afetadas são: * Pregas cutâneas (pescoço, axilas, virilhas, pregas inframamárias, períneo ou aréola mamária; apresentam-se com hiperpigmentação e papilomatose epidérmica, por vezes observa-se uma área acastanhada, interpretada pelo doente como sujidade que, não raramente, evolui para uma forma mais exuberante. É raro o atingimento de outras áreas corporais; por vezes envolve a superfície palmar das mãos e plantar dos pés, numa forma geralmente associada ao carcinoma gástrico. Em cerca de 30% dos casos pode ser observado envolvimento das mucosas, atingindo até cerca de metade dos doentes em situações associadas a neoplasias.
Existem várias classificações, sendo que o esforço se tem dirigido no sentido da etiopatogenia – neoplásica ou não. A distinção clínica de uma A.N paraneoplásica torna-se facilitada pela exuberância com que se manifesta – a extensão e intensidade das lesões