Relatorio vrdl
A sífilis ou lues é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, que ocupa uma importância significativa entre os problemas mais freqüentes de saúde pública em todo o mundo. O agente causador da sífilis foi denominado em 1905, como sendo o Treponema pallidum, uma espiroqueta adquirida na maioria dos casos durante relações sexuais. Outras formas de transmissão também podem ser observadas: transfusões sangüíneas, passagem transplacentária da mãe infectada para o feto, pela saliva e contato com exsudatos de lesões recentes da pele ou mucosas (ROUQUAYROL et al., 1999).
De acordo com o Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (1999), a doença está classificada em:
•Sífilis adquirida recente (com menos de um ano de evolução):
- Primária;
- Secundária;
- Latente recente.
•Sífilis adquirida tardia (com mais de um ano de evolução):
- Latente tardia;
- Terciária.
•Sífilis congênita recente (diagnosticada até o 2º ano de vida).
•Sífilis congênita tardia (diagnosticada após o 2º ano de vida).
O diagnóstico da sífilis é baseado na avaliação clínica, na identificação do agente etiológico (pesquisa direta do T. pallidum no exsudato seroso das lesões) e nos testes sorológicos. O recurso diagnóstico mais frequentemente utilizado é o teste sorológico, visto que, o paciente na maioria das vezes, quando procura o serviço de saúde, já não mais se encontra na fase inicial da doença, que se caracteriza pelo surgimento da úlcera ou cancro. As provas sorológicas constituem o único meio de identificação para a forma latente da sífilis adquirida, na qual não são observados quaisquer sinais ou sintomas clínicos que sugiram a presença da doença. Dois grupos de testes sorológicos são utilizados para o diagnóstico:
•Testes antigênicos não treponêmicos ou testes lipoídicos:
- VDRL (Venereal Disease Research Laboratory);
- RPR (Rapid Plasm Reagin);
•Testes treponêmicos ou pesquisa de anticorpos verdadeiros:
- FTA-ABS