Relatorio Philipp Ries
Historia social da criança e da família/Philippe Ariés; tradução de Dora Flaskman.
-2.ed.-Rio de Janeiro:LTC,2006
Relatório do Prefácio de philippe Ariés
Neste prefácio autor começa dizendo que o tempo maravilhoso de pesquisa é sempre aquele em que historiador vislumbra a visão da obra, e tendo também a ambição de organizar todos esses detalhes. Aquilo que promove e aguça o interesse pela busca é sempre relevante.
Anos depois já passadas as emoções iniciais e depois de vários debates a visão do autor é que hoje esta mais claro as teses que o inspiraram e conseguiu simplifica-las em duas:
A criança não tinha valor sentimental, era criada para o trabalho, a juventude era ignorada. Não cabia a família assegurar à criança a transmissão de valores e conhecimentos, ela era bem cedo retirada de seus pais e durante séculos a educação foi garantida pela aprendizagem, devida a convivência das crianças e jovens com os adultos.
No entanto havia um sentimento superficial a que Ariés chama de “paparicação”, mas reservadas as crianças somente em seus primeiros anos de vida. Esse modelo de família antigo segundo Ariés ,tinha por objetivo a conservação de seus bens, a pratica comum de ofícios, a ajuda mutua , a proteção da honra, etc. Os laços afetivos a socialização se davam fora do ambiente familiar, feitos por vizinhos, amigos, ama e criados. A criança não tinha valor sentimental para a família e essa, na visão de Ariés, é uma primeira tentativa de interpretar as sociedades tradicionais.
A segunda visa mostrar claramente o lugar assumido pela criança e a família na sociedade industrial.
A aprendizagem não é mais o meio de educação e então a criança deixou de misturar aos adultos e de aprender diretamente com eles.
A criança foi então separada dos adultos e mantida à distancia, um enclausuramento
(como dos loucos, dos pobres, e das prostitutas) e mantêm-se ainda nos dias atuais e recebe o nome de escolarização.
Essa