Relatorio de experimentos com ratos
Comunicando uma morte na família
Falar com a criança sobre a morte não é tarefa fácil. Além da necessidade de protegê-la, falar sobre a morte implica, para o adulto, defrontar-se com sua própria finitude, medos e ansiedades (Kastenbaum & Aisenberg, 1983).
Especificamente em situações de crise, as crianças revelam necessidade de compartilhar seus medos, angústias, fantasias e sentimentos. Nessas horas, o cuidador deverá estar preparado para transmitir e propiciar a esses pequenos seres conforto, segurança e força para continuar (Lione, 2005). Franco (2002), Kovács (2003), Stroebe e Schut (2001) apontam a importância de que o adulto, ao atuar como facilitador no processo de luto da criança, compartilhe a dor pela perda da pessoa querida e favoreça a comunicação, buscando amenizar o sofrimento.
Nos casos em que a comunicação é bloqueada, o indizível tem mais chances de se manifestar por meio de sintomas disfuncionais ou de comportamentos destrutivos. Segundo Torres (1999), a falta de informação sobre o que realmente aconteceu contribui para que a criança dê asas à imaginação, formando uma visão distorcida da morte de seu ente querido e alimentando medos e culpa.
Todavia, o adulto deve estar ciente de que a negação da criança frente a alguns aspectos da morte pode ser algo necessário. A negação, como ressalta Anthony (1972), é uma etapa entre a recusa e a aceitação da realidade, uma forma de promover a construção de uma relação pragmática entre o indivíduo e o meio.
É grande o desespero dos adultos diante das perguntas da criança sobre a morte. Contudo, as próprias palavras da criança permitem que se estabeleça um diálogo e que se formulem questões junto a ela. Deixar a criança dar o tom e estabelecer o ritmo da conversa parece a maneira mais apropriada de se abordar esse tema. Não esquecendo de respeitar seu nível de desenvolvimento, utilizar uma linguagem acessível e servir-se, sempre que necessário, de elementos facilitadores, como, por