Relato Histórico Populacional Feminino nas 05 Décadas da Capital
Em 1922, nas comemorações do centenário da independência brasileira, o congresso Nacional aprovou definitivamente a criação da nova capital no lugar denominado quadrilátero Crulzs. O Brasil passou por uma série de transformações políticas e o projeto de mudança da capital foi adiado. Em abril de 1955, o candidato a presidência da república Juscelino Kubtschek (também chamado de JK) em campanha eleitoral, prometeu a construção de Brasília. No ano seguinte já como presidente, consegue a aprovação por parte do congresso brasileiro a criação da lei nº 2.874 que cria a companhia de urbanização da nova capital a NOVACAP e intitula “Brasília” como nome da nova capital.
Em setembro de 1956 começaram as obras de construção da cidade, sobre a coordenação de Israel Pinheiro o Planalto Central brasileiro se encheu de “candangos” (operários e trabalhadores vindos em sua maioria do norte e nordeste brasileiro) que em 1958 chegaram a ser mais de 35.000. Finalmente Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960.
Várias pessoas saíram do Sertão na esperança de dias mais amenos no Cerrado. Costumes e ditos populares também foram trazidos. "Quando se começou a construir Brasília, candango era tido quase como termo ofensivo, desprimoroso, como que a indicar o homem sem qualidade, sem cultura, um pária da sociedade. Mas, aos poucos, o Candango trabalhador de Brasília passou a ser admirado no Brasil e no Mundo pela tenacidade, pelo esforço, pelo idealismo. E a expressão tronou-se um título de honra, pois só os que tinham peito e raça poderiam ser candango". - Ernesto Silva
Ao observar todo histórico desde o pensamento, a autorização e a inauguração da Capital do Brasil, percebe-se fortemente o papel do homem. É dentro deste contexto que surge o papel da mulher na mesma história. As mulheres também chegaram à capital em construção entre os anos de 1956 e 1960, juntamente com seus maridos operários e trabalhadores.