Relato do filme cronicamente inviável
São seis personagens principais do filme. Luiz, um homem culto que acredita nas boas maneiras e bons costumes. Amanda, personagem de Dira Paes, é a gerente do restaurante, de origem pobre que inclui os hábitos burgueses. Adam, personagem de Dan Stulbach, um homem natural do Sul, descente de poloneses que vai trabalhar como garçom no restaurante. Maria Alice, personagem de Betty Goffman, mulher de classe média alta que se compadece com as injustiças sociais. Carlos, marido de Maria Alice que acredita na racionalidade e no Capitalismo. E, por fim Alfredo um pesquisador que viaja pelo Brasil tentando entender as relações de dominação e opressão.
Cronicamente Inviável foi produzido na tentativa de criticar o sistema. Mostra a árdua tarefa de sobrevivência de todos independente da posição social ou postura assumida, em meio ao caos da sociedade brasileira. Essa sobrevivência é um exemplo clássico da teoria funcionalista de Durkheim, com sua ênfase no comportamento humano e o equilíbrio social que é mantido ou enfraquecido pelas estruturas sociais.
As situações abordadas, em sua maioria, acontecem num restaurante localizado em um bairro rico de São Paulo, cujo proprietário é um homem de bons costumes e que tenta compreender, através de um passeio pelo país, os problemas de dominação e opressão social.
Adam representa as desordens do filme. Cria confusões no restaurante, questiona as ordens de seu chefe e começa uma luta contra os patrões e acaba preso e demitido por incomodar o ex-patrão e provocar violência.
Esse retrato de luta de classe mostrada no filme foi a segunda teoria sociológica incorporada e teve origem com o pensador Karl Marx, enfatizando a centralidade do conflito na vida social e se concentra nas estruturas grandes, onde os padrões da desigualdade social mudam a sociedade ou dá estabilidade social pela luta de classe.
Outra parte