Relato de caso: hipertensão arteria em gestante
Curso: Medicina -10º Período
Estágio de Ginecologia e Obstetrícia.
Hipertensão Crônica em Gestante com Obesidade Mórbida
Relato de Caso
Izadora Gomes de Freitas
Montes Claros
Março de 2013
Resumo
No presente relato descreve-se o caso de uma paciente de 22 anos, gestante, previamente hipertensa, obesa mórbida, internada devido a elevados níveis pressóricos e edema de membros. Foram introduzidos inicialmente à sua prescrição Metildopa e Nifedipina. Ao decorrer da internação foram diagnosticados proteinúria e hiperglicemia, iniciando-se o uso de Hidralazina e Furosemida, e apesar de manter-se com níveis pressóricos demasiadamente altos, a paciente manteve-se assintomática até a interrupção da gestação.
Introdução
A hipertensão arterial (HAS) é considerada um problema de saúde pública que demanda grande custo social. Sua prevalência está associada a faixa etária elevada, grupo étnico (raça negra), sexo feminino, obesidade, presença de patologias associadas (Diabetes Melitus e Doença Renal). A Hipertensão é a principal causa de morte em gestantes no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste (FREIRE, 2009).
Para Sass e Colaboradores (2002) Hipertensão Arterial Crônica na gestação está relacionada a complicações maternas e perinatais, incluindo a sobreposição da pré-eclâmpsia, restrição do crescimento fetal, descolamento prematuro de placenta, morte fetal e materna. Um dos fatores que têm aumentado a incidência de gestantes portadoras de HAS crônica é o adiamento da gestação, cada vez mais comum após os 40 anos de idade.
A HAS crônica está relacionada a fatores de risco modificáveis e não modificáveis. A hipertensão primária tem na sua patogênese o aumento do débito cardíaco, retenção de sódio e água pelos rins, desarranjo no sistema renina-angiotensina-aldosterona e o aspecto genético. Já a Eclâmpsia e a Pré-eclâmpsia estão relacionadas à resposta vascular inadequada à placentação, que gera aumento na resistência vascular