Relativizando

DAMATTA, Roberto. Relativizando – Uma introdução à antropologia social

O autor busca apresentar as principais diferenças entre ciências naturais e ciências sociais e situar o lugar da Antropologia Social. Define ciências naturais como fenômenos simples, sincrônicos e repetíveis e ciências sociais como uma ciência complexa e exclusiva. As situações sociais são complexas e de difícil controle, quando as comparamos com os laboratórios onde os biólogos, químicos e físicos realizam suas experiências. Define a matéria prima das ciências naturais, como todo conjunto de fatos que ocorrem regularmente, com características simples e objetivas, que poderiam ser facilmente isolados e reproduzidos em um laboratório. Já a matéria prima das ciências naturais seria o conjunto de fato com determinações complicadas e dificilmente isoláveis, que estão em constante mudança.
A opinião do autor sobre essas áreas de atuação é que as ciências naturais atuariam diretamente com o mundo, influenciando o próprio ser humano de maneira positiva ou negativa, criando novas tecnologias, e as ciências sociais ficaria por parte das artes, influenciando cada indivíduo de uma forma diferente e, ainda assim, influenciando a todos enquanto conjunto, promovendo modificações no comportamento social, quase inconscientemente. O autor afirma que “é mais fácil trocar de automóvel ou de televisão e aceitar inovações tecnológicas do que trocar de valores simbólicos ou políticos” (DAMATTA, p 23)
Outra diferença das ciências sociais e das ciências naturais é o de que as ciências sociais estude casos que aconteceram no passado. Não é possível analisar um fato social n presente, mas sim a partir do momento em que ele passa. Assim, tentamos reproduzi-lo e estudá-lo da melhor maneira possível.
Finaliza afirmando que “A raiz das diferenças entre ciências naturais e ciências sociais fica localizada, portanto, no fato de que a natureza não pode falar diretamente com o investigador; ao passo que cada sociedade