Relat RioNeoplasticismo

De Stijl. 1917-1931. Neoplasticismo.

Cornelis van Eesteren. Piet Mondrian. Theo van Doesburg. Gerrit Rietveld. J.J.P. Oud.

O Neoplasticismo foi um movimento artístico holandês que englobou as artes plásticas, a arquitectura, o design e a literatura. Nasceu por volta de 1917, ano em que saiu a lume a revista De Stijl, publicação onde foram editados textos dos mais destacados artistas, Piet Mondrian e Theo van Doesburg. Estes autores preconizavam uma arte pura, clara, objectiva, não ilusória, não representativa e, como tal, antinaturalista. Utilizaram formas geométricas simples, estáticas de composições puras e abstractas, preenchidas com cores primárias. Estas características estilísticas visavam atingir uma visão impessoal e objectiva da arte, através de uma estética nova e universal, contestando as artes do passado e do presente por veicularem os aspectos sensoriais e emotivos da vida. Piet Mondrian foi o grande artista-pensador do Neoplasticismo, um investigador paciente, o espírito coerente e construtivo desta vanguarda. O seu percurso artístico ficou marcado pela pesquisa constante, por influências simbolistas e fauves que evoluíram no sentido de uma progressista depuração plástica conseguida pela sintetização das formas e das cores e, simultaneamente, pela atribuição de significados místicos e esotéricos. Mondrian atingiu o limiar da abstração definindo a obra neoplástica conceptualmente e formalmente, contudo, outros autores cultivaram o Neoplasticismo nas suas variadas vertentes, nomes das artes plásticas como o já mencionado Theo van Doesburg e, da arquitectura, Cornelis van Eesteren, Gerrit Rietveld, Jacobus Johannes Pieter Oud. Nesta época de grandes destruições e duros sacrifícios vive-se um período de estagnação, quer no ramo das actividades humanas e artísticas, quer da arquitectura e construção na qual a encomenda rareou. A reflexão teórica sobre a nova arquitectura e o seu papel nas sociedades contemporâneas ganha espaço, os arquitectos