Relat rio Terra Comunnal Marina Abramovic

Rodrigo Baessi – R.A.: 549715
Relatório – Terra Comunal – Marina Abramovic
A Escola de Frankfurt foi composta por um conjunto de intelectuais que produziu uma reflexão chamada de Teoria Crítica. Dentre eles, Walter Benjamin pôs em questão não apenas o predomínio da burguesia, mas também os alicerces da racionalidade e da civilização ocidental.
Ele foi o primeiro a questionar a ideologia do progresso, uma doutrina “incoerente, imprecisa, sem rigor”, que no processo histórico identifica como “o ritmo mais ou menos rápido com que homens e épocas avançam no caminho do progresso” (“A vida dos estudantes”, 1915).
Walter Benjamin também desenvolveu o estudo “A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica”, onde é discutida a destruição da “aura” presente em obras de arte, enquanto objetos e performances únicos e individualizados.
Para o pensador, quando há distanciamento da atmosfera religiosa e aristocrática da obra, elementos que respectivamente a transformam em objeto de culto ou dirigida a um público exclusivo, a dissolvência da aura atinge níveis sociais. São causadores disso a relação direta entre as modificações da percepção estética e as transformações técnicas da sociedade.
Benjamin considera que a natureza vista pelos olhos difere da natureza vista pela câmera.
Se, no teatro, a aura do autor se conecta indissoluvelmente à aura do ator que representa sua obra, tal como essa aura é sentida pelo público, o mesmo não acontece no cinema, no qual a aura dos intérpretes desaparece com a substituição do público pelo aparelho.
Na medida em que o ator se torna acessório da cena, não é raro que os próprios acessórios desempenhem o papel de atores.
Para o intelectual da Escola de Frankfurt, a câmera, ao substituir o espaço onde o homem age conscientemente por outro onde sua ação é inconsciente, possibilita a experiência do inconsciente visual, do mesmo modo que a prática psicanalítica possibilita a experiência do inconsciente instintivo. Exibindo, assim, a