Relat Rio De Est Gio 5
1.1. História da Farmácia de Manipulação
A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Segundo os relatos históricos, as primeiras boticas surgiram na Espanha e na França, que inspiraram o modelo das farmácias atuais.
Naquele período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos.
Com um grande surto de propagação da lepra leva Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, houve a necessidade de ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da medicina e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início na antiga Roma a separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.
A manipulação de medicamentos no Brasil confunde-se com a história da farmácia neste país, uma vez que foram os jesuítas que trataram de instituir as primeiras enfermarias e boticas em seus colégios. Nestas boticas, os jesuítas dispensavam drogas e medicamentos vindos do velho continente, bem como preparavam remédios com plantas medicinais nativas baseados nos conhecimentos dos velhos pajés. A transformação das boticas em farmácias não foi nada fácil. Até meados de 1886, os farmacêuticos e boticários, habilitados ou não, tinham pouca diferença no conceito da média da população e pelos legisladores da época, com poucos conhecimentos sobre a profissão farmacêutica.
Após a segunda guerra mundial, com o estabelecimento das primeiras indústrias farmacêuticas no Brasil, a manipulação de medicamentos foi perdendo terreno, restringindo-se aos ambientes hospitalares e a algumas poucas farmácias. A partir