Relat Rio Da Biografia Clarice
Cap 32
Em 1967 escreve em Worshington o livro infantil o mistério do coelho pensante. Estreia como cronista deixando a obra “A descoberta do mundo”
Em 1968 publica “A mulher que matou os peixes” livro infantil que se abre com a citação: “Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu. Mas juro a vocês que foi sem querer. Logo eu! que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até deixo de matar uma barata ou outra”. O livro foi escrito como uma forma de diminuir a culpa que sentira pela morte acidental dos peixes do filho. Observa-se aqui uma característica depressiva de culpabilidade na qual eventos triviais do cotidiano passam a assumir uma carga de culpa muito grande.
Em todo esse tempo Clarice estava depressiva
Outra dificuldade surgiu depois do incêndio, quando Clarice, uma mulher que apenas alguns anos antes tinha sido linda e desejável, se viu obrigada a aceitar a perda de sua beleza outrora proverbial.
CAPÍTULO 33: TERROR CULTURAL
Não era mais fácil quando ela ficava. O anfitrião de outro jantar fez um borscht em homenagem às “origens eslavas” de Clarice. Ela tomou uma colherada e exclamou que estava deliciosa. Não comeu mais nada, embora todos fizessem de conta que não percebiam. Ela começou então a entornar drinques (ela tomava pílulas para dormir), devorar sobremesas (estava de dieta) e beber café (sofria de insônia crônica). Quando foi embora, às dez e meia, o anfitrião escreveu: “Senti que eu tinha sobrevivido mais uma vez”
É percebida uma carência afetiva em Clarice que muitas vezes causava atritos na convivência da mesma com outras pessoas. Mesmo os que mais gostavam dela consideravam-na cansativa. “ Ela suscitava nos outros um sentimento de proteção, um desejo de ajudá-la a suportar seu grande sofrimento, embora seus amigos deixem claro que ela nunca pediu nada. “Era mais um sentimento que ela despertava na gente”, disse Rosa Cass. A carência de Clarice era extenuante. Tati de Moraes, a primeira das nove