Rela Es E Aproxima Es Entre O Pensamento Conscientizador E Politizador Do Materialismo Hist Rico Com A Pr Xis Libertadora De Paulo Freire
3056 palavras
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Relações e aproximações entre o pensamento conscientizador e politizador do materialismo histórico com a práxis libertadora de Paulo Freire.RECK, Daffine Natalina1
STURZA, Raquel Brum2
RESUMO: Esse artigo tem como preocupação fundamental estabelecer um diálogo entre alguns dos autores que norteiam sua escrita da história através do materialismo dialético e
Paulo Freire, com seus conceitos de libertação do homem da opressão em que ele se encontra.
Busca-se, assim, construir relações entre o materialismo histórico, que é uma concepção que parte da base material da vida de um indivíduo, das relações socioeconômicas em que ele se insere, para entender suas formas e categorias de consciência, formas de pensar e os instrumentos de dominação da sociedade e, que defende a emancipação real da humanidade, e a práxis libertadora de Paulo Freire, um pensador comprometido com a existência humana.
Visa-se neste presente trabalho, discutir as principais ideias desses autores de libertação da humanidade das condições de opressão, mantendo relações de aproximação entre elas e relacionando-as com o mundo atual, demonstrando a importância dos pressupostos defendidos de consciência e superação da violência dos opressores e da alienação. As palavras aqui ditas talvez não sejam inéditas e quem sabe pareçam utópicas e idealistas. Entretanto, pensar desta maneira é também uma forma de naturalizar a realidade, construída historicamente através das gerações. Pensar que nada pode ser mudado e que as coisas são como são por força do destino, sina, ou por categorias inconscientes apenas, parece ilusório, e não de forma inversa.
Romper a manipulação, a alienação e criar condições concretas de libertação pareceu fundamental aos materialistas históricos, iniciando com Marx e Engels, de extrema relevância a Paulo Freire de maneira especial e são ações que continuam a influenciar o momento atual, pois as diferenças entre as classes continuam a existir e se perpetuar como naturais e
imutáveis.