Regulador de velocidade
7.1 – Introdução
Em um sistema de energia elétrica, toda perturbação ou variação de carga repercute sobre a frequência do sistema. No entanto, a frequência deve ser regulada no valor mais estável possível, sendo sua constância um dos critérios de qualidade de fornecimento de energia elétrica.
Com o crescimento da industrialização e conseqüente crescimento da malha elétrica, tornou-se necessário a interligação dos diversos sistemas isolados existentes, com isso foi necessário a padronização de frequência de operação ou nominal de 60 Hz (padrão nacional).
Para que a frequência se mantenha constante é necessário que cada grupo de produção seja dotado de um regulador de velocidade (frequência) possuindo um “tacômetro” e permitindo corrigir com grande rapidez, variações na frequência do sistema, isto é o que se conhece como “regulação primária”. Esta regulação para ser estável é indispensável que cada regulador tenha uma certa “regulação” (estatismo) o qual tem dois inconvenientes importantes:
Após a pertubação, a frequência do novo ponto de operação (funcionamento) não é mais a frequência nominal, uma vez que o conjunto dos grupos tem ele próprio uma certa “regulação”;
Se os reguladores não possuem todos ao mesma regulação, existem “escorregamentos” progressivos de carga entre os grupos à cada pertubação.
Por outro lado, quando um sistema de energia elétrica no qual há uma pertubação (variação de carga) é interligado com outros sistemas, estes últimos reagem igualmente por sua regulação primária porque a frequência provoca as mesmas flutuações (oscilações) sobre o conjunto dos sistemas interligados.
Consequentemente as trocas de potências contratuais (intercâmbio) com estes sistemas não são mais respeitadas, o que tem conseqüências danosas, tanto no plano econômico como na segurança, principalmente se as linhas de interligação não forem equipados com relés de proteção wattimétricos, como é o caso do Sistema de