Regras
Por Fernanda Lima.
Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento – UFPA.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4451031U6 Para a Análise do Comportamento (ciência que veio romper com o pensamento de que a Psicologia seria uma ciência da “mente humana”, predominantemente introspectiva) o comportamento, que passa a ser seu objeto de estudo, é resultado de três níveis de variação e seleção, sendo eles: a filogênese (evolução das espécies), a ontogênese (história individual) e as transformações culturais.
Deste modo, com o comportamento de “seguir regras” não seria diferente.
Skinner, fundador da Análise do Comportamento, postulou que o “seguir regras” seria mantido devido a uma história de reforço para o seguimento de regras similares ou porque o comportamento de seguir regras evitou punição social no passado. Ele destacou que as pessoas não nascem com aptidão para atender conselhos ou prestar atenção a avisos. Para que estes estímulos exerçam controle, eles devem desempenhar um papel numa longa história de condicionamento até que a pessoa fique sob controle deles.
Diversas pesquisas na Área Experimental do Comportamento (AEC) – área encarregada de conduzir a produção e validação de dados empíricos, a partir do planejamento de manipulação de variáveis em um contexto controlado e deliberadamente simplificado e artificial – procuraram testar a proposição da Skinner.
Esses estudos buscaram identificar e testar possíveis variáveis que poderiam interferir na manutenção ou não do comportamento de seguir regras. Como por exemplo, verificar se o comportamento inicialmente estabelecido por regra corresponden te e exposto a um período prolongado a tais contingências é mantido, ou não, após mudanças nessas contingências.
Diversas variáveis (por exemplo: o esquema de reforço utilizado; a longa exposição a esse esquema; a monitorização; ausência de consequências aversivas)
podem