regra
Esta obra representa precisamente um esforço para seguir na direção da comunicação, analisando os principais modelos teóricos e os principais âmbitos de pesquisa que caracterizaram os estudos sobre os mass media. O trabalho não está dividido por meios de comunicação (imprensa, rádio, televisão, etc.), mas pelas teorias que mais incidiram na pesquisa. As lacunas, os aspectos subvalorizados poderão parecer numerosos, ainda que, ao interpretar a história, a evolução e a situação atual da comunicação, tenha tentado fornecer simultaneamente uma resenha exaustiva deste setor.
Ao fazer uma descrição dos momentos e dos problemas mais importantes da comunicação, associando-a a uma hipótese interpretativa do desenvolvimento por ela seguido, aparecem dúvidas numa deformação: a de fornecer um quadro onde as conexões e as relações existentes entre as tendências de pesquisa parecem mais sólidas e práticas do que o são na realidade, subvalorizando, por sua vez, a persistente fragmentariedade e heterogeneidade da matéria em estudo. Se, durante muito tempo, a hostilidade ou a indiferença entre os desenvolvimentos opostos (pesquisa administrativa versus abordagem comunicativa) condicionaram pesadamente este domínio de estudos, no estado atual, a situação parece poder ser desbloqueada: as linhas de convergência já não parecem ser hipotéticas e os confrontos disciplinares insensatos. As diversas pertinências teóricas permitem individualizar integrações parciais a verificar sobre projetos e hipóteses de pesquisa graduais, mas ainda mais significativo é o facto de esses desenvolvimentos se terem efetuado à margem das oposições, independentemente delas, ultrapassando, no trabalho de investigação, a dicotomia existente entre as várias abordagens, para demonstrarem a possibilidade de dar ainda um sentido à tão auspiciada, mas pouco desejada «interdisciplinaridade» nas comunicações de massa.
Essa reorganização está associada à consciência de que para ser