As regras são instrumentos grosseiros, também, em um segundo sentido: regras são generalizações probabilísticas atualmente ou potencialmente sobre ou subinclusivas em relação às suas considerações subjacentes, também chamadas de justificativas ou propósitos. Eles incorporam mais ou menos do que deveriam de acordo com os seus propósitos ou justificativas. Nesse sentido regras são grosseiras porque são inevitavelmente mal acabadas, gerando resultados sub ótimos em certas ocasiões. Em suma, regras visam a exercer uma pressão no mundo, guiando comportamentos, através da simplificação de um universo complexo de considerações normativas Contudo, a realidade é que não há regra que possua uma 'abrangência perfeita', ou seja, que englobe todas as situações, atuais ou futuras, que se relacionem com seu conteúdo. A vida em sociedade é por demais complexa para se vislumbrar um conjunto de normas que considere todas as sua minúcias. No entanto, este é exatamente o âmbito em que o Direito se manifesta, o de um sistema jurídico como um sistema de regras, que busca estabelecer soluções sem considerar, a princípio, que outras formas de pensamento, seja moral ou político, possam estabelecer um melhor resultado para o mesmo acontecimento. Neste momento, configurar-se-á então, o conflito entre Direito, Moral e Política. O filme A Onda seja trata de uma metáfora de como surgiu o nazi-fascismo e o poder de seus rituais, pode conscientizar os estudantes sobre o poder doutrinário dos movimentos ideológicos políticos ou religiosos. O uso de slogans, palavras de ordem e a adoração a um suposto “grande líder” se repetem na história da humanidade: aconteceu na Alemanha nazista, na Itália fascista, e também no chamado ‘socialismo real’ da União Soviética, principalmente no período stalinista, na China com a “revolução cultural” promovida por Mao Tsé Tung, na Argentina com Perón, etc. Ainda, recentemente, líderes neo-populistas da América Latina, valendo-se de um discurso tosco