Regiao serrana
Agencia EFE imprimir Rio de Janeiro, 13 jan (EFE).- As fortes chuvas dos últimos três dias no Rio de Janeiro, que deixaram pelo menos 381 mortos, provocaram a maior tragédia na história da Região Serrana.
Os deslizamentos de terra não fizeram distinção entre casas de pobres e ricos construídas nos pés das montanhas de uma região com vários atrativos turísticos, como rios, cachoeiras e uma vegetação típica da Mata Atlântica.
Por sua difícil geografia, muitas casas das cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis foram construídas em áreas consideradas de risco, apesar das advertências das autoridades.
O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, afirmou nesta quinta-feira que, para evitar novas tragédias, será necessário remover cerca de cinco mil famílias desses municípios que vivem em imóveis ameaçados por deslizamentos.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, garantiu que a ocupação irregular foi a responsável pela "tragédia anunciada".
O aumento da ocupação e da população acontece porque centenas de habitantes do Rio de Janeiro procuram a região para fugir do calor, tal como fez o imperador D Pedro II há um século.
Além do clima mais agradável, locais turísticos e uma natureza privilegiada, o êxodo rumo à Região Serrana também foi provocado pelo crescimento da indústria têxtil no local, ao ponto de as cidades aparecerem entre as maiores produtoras nacionais de roupa íntima.
A pureza da água que brota das montanhas também atraiu algumas cervejarias, que montaram fábricas na região para aproveitar o recurso.
A tranquilidade da região atraiu, inclusive, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que montou na cidade de Teresópolis o moderno campo de treinamentos conhecido como Granja Comary.
A desordenada e rápida ocupação mostrou sua vulnerabilidade após um temporal que, em 24 horas, inundou a Região Serrana com mais água que