Reformas adms brs
A Reforma Administrativa é discutida e debatida como um processo de adaptação da máquina pública ao ambiente em que se insere. No entanto, cada país apresenta um perfil peculiar, com suas limitações e suas características culturais, que devem ser levadas em consideração ao se propor alguma alteração que interfere na vida social de todos que compõem o Estado.
O tema Reforma Administrativa está relacionado a mudanças e estas estão ligadas necessariamente à resistência pelo medo do novo, pela impossibilidade de se vislumbrar o resultado final a ser alcançado. Maquiavel (2006:26) alertou que “aquele que a introduz terá por inimigos todos os que da velha ordem extraíam privilégios e por tímidos defensores todos os que das vantagens da nova ordem poderiam usufruir”.
As reformas administrativas no setor público brasileiro se iniciam na República Nova. A expressão República Nova está relacionada à ascensão de Getúlio Vargas ao poder em 1930, tornando-se presidente da república. As ações implementadas por este governo representaram uma tentativa de rompimento com as oligarquias dominantes, pela profissionalização da Administração Pública. Foi um tempo marcado pela criação do Departamento de Administração do Serviço Público - DASP, pelas conquistas sociais, como o voto secreto e as leis trabalhistas, além do direito de voto para as mulheres.
A primeira reforma administrativa, conhecida como Reforma Burocrática, de 1936 tem como característica, segundo Matias-Pereira (2009), a ênfase na reforma dos meios em detrimento dos fins, ou seja: focou nas atividades de administração geral; buscou montar um corpo burocrático clássico, de funcionários do Estado, não contemplando as atividades substantivas; pautou-se na teoria administrativa que consagrava a existência de “princípios de administração”; e, adotou como modelo o prescrito na teoria administrativa, importado dos países mais