reflorestamento
Determinar as melhores espécies para recuperar áreas degradadas
Determinar as melhores espécies para recuperar áreas degradadas e promover a criação de um programa de computador para quem, no cotidiano, lida com o assunto são alguns dos resultados mais evidentes de pesquisa desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), pelo engenheiro florestal Rafael Salomão.
Para extrair a bauxita, é necessário retirar toda a cobertura florestal da região que será explorada. Depois, é preciso vencer o solo. Uma camada de 6 a 8 metros de terra é retirada para se chegar, enfim, ao minério. É óbvio, portanto, que a mineração impõe uma degradação muito forte ao ambiente. Por isso, após a extração, a restauração da área é essencial.
Para otimizar esse processo de recuperação, desenvolveu um estudo em que se produz, a partir da análise de 12 variáveis distintas – ecológicas, econômicas e sociais -, mas vistas de maneira inter-relacionada, um ranqueamento, onde se apontam as espécies arbóreas cujo plantio é prioritário, além de prever a indicação da quantidade que deve ser plantada de cada espécie, garantido maior sucesso na restauração.
“Nesse modelo que desenvolvi, falo de 12 variáveis, a análise multivariada me ajuda a agrupá-las e a elaborar um ranking. Ninguém consegue plantar a quantidade de espécies que havia originalmente, então nós trabalhamos com espécies-chave, aquelas que dão as melhores condições para o desenvolvimento das demais espécies plantadas e que favoreça a sucessão secundária”, esclarece o pesquisador.
Rafael apresentou alguns resultados dessa pesquisa durante o I Seminário Petrobras de Recuperação de Áreas Degradadas da Região Norte, ocorrido em Manaus (AM), no início do mês. “Seleção de espécies-chave da floresta ombrófila densa e indicação da densidade de plantio na restauração florestal de áreas degradadas na Amazônia” é o título do trabalho.
Oriximiná
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