Reflexões sobre o livro nunca lhe prometi um jardim de rosas
Instituto de Ciências Humanas
Psicologia
Psicopatologia Especial
Eloisa Nascimento de Moura – A70DJG -7
“NUNCA LHE PROMETI UM JARDIM DE ROSAS” – Reflexão de Leitura
O livro me prendeu desde o início, e fui vista o tempo todo com ele pela casa... Com ele fui levada a uma viagem inusitada ao fundo da alma de Deborah, personagem principal, uma jovem judia, de 16 nos, esquizofrênica. Desde sua ida, junto com os pais, para internação em um Hospital Psiquiátrico até todo o tratamento, com todos os seus desdobramentos, altos e baixos.
Importante lembrar que nossa personagem sempre fora estigmatizada por sua condição de judia, numa América influenciada por ideais arianos, como pode ser visto no comportamento de suas colegas de escola, colônia de férias, etc.
Nossa personagem quando muito menina, sofrera uma cirurgia para extirpar-lhe um tumor no trato urinário, e o sofrimento desta época nunca lhe abandonou. A imagem deste tumor se internalizou e as dores que sentia na ausência deste eram tão lancinantes ou mais que as que sentira na presença do tumor.
Estas coisas foram fazendo-a mergulhar num mundo só seu... Quase não dormia, apresentava distanciamento da realidade, culminando com a mãe a surpreendendo num ritual de suicídio.
As descrições dos detalhes dos conflitos pessoais, e do seu mundo interno, ao qual ela chama Yr, são de uma riqueza de detalhes que por vezes julgamos estar lendo uma autobiografia. Há personagens diferentes, com funções diferentes, e até um idioma próprio.( neologismo )
Logo no início deparamo-nos com o típico conflito familiar para a decisão da internação, com a relutância do pai e a aparente firmeza da mãe, firmeza esta que também encobria toda sua dor interior. Isto me fez pensar em como deve ser sofrido, repentinamente, ver um jovem adoecer mentalmente em um núcleo familiar, todas as mudanças que este adoecer ocasiona nas pessoas, que vai passar pela dor,inquietude,