Reflexões Sobre A Linguagem Jurídica E Sua Importância Na Modernidade - Dissertação de uma lauda
Acadêmica: Barbara Piovezan Martins 1º Semestre de Direito 2014
Linguagem jurídica e sua compreensão
Aquele que se sabe profundo esforça-se por ser claro; aquele que gostaria de parecer profundo à multidão esforça-se por ser obscuro. Porque a multidão acredita ser profundo tudo aquilo de que não pode ver o fundo. Tem tanto medo! Gosta tão pouco de se meter na água! (Nietzsche, Friedrich)
A palavra permeia todos os nossos atos, em todas as instâncias da realidade social, forma-se, em todo setor do conhecimento humano. Mas, em cada ambiente é um palavreado diferente, ou mais específico, ou mais coloquial, e até abreviado. Para exemplificar há a linguagem jurídica, literária, científica e virtual.
O ponto principal a ser apresentado é a linguagem jurídica. Percebe-se, em um primeiro momento, que a linguagem jurídica na modernidade é um obstáculo para a interpretação da massa popular, está não tem acesso e nem o devido interesse em tal nível de cultura.
A exemplificação para tal fato é narrada por um professor de direito da UFMG, ocorrida em júri popular, na qual o advogado pergunta ao réu se “O tiro foi antes, no meio ou depois da refrega?”. A má compreensão do réu, o levou a responder que “Não foi antes nem depois; foi entre a refrega e o umbigo”. Nota-se assim que o réu não tinha conhecimento da linguagem rebuscada e jurídica utilizada pelo advogado.
Acresce que, às vezes uma pessoa quer se gabar de conhecer certa palavra, e acaba por utilizá-la de modo incorreto, e ao invés de valorizar-se acaba desmoralizando-se diante de outro conhecedor da linguagem jurídica.
A partir do que foi citado, é possível concluir, que a linguagem jurídica pode ser um impasse para a compreensão da população, e pode, inclusive, deixar um “sabichão” com a “cara no chão”. Porém, não deixa de ser importante para um diálogo entre os seus conhecedores.