Reflexões acerca do imaginário e o adoecer. um esboço de pequenas grandes dúvidas.
Ao destacar o conceito de saúde, chegamos ao conceito de doença que acaba se tornando o contrário do que já foi mencionado. Segundo Ferreira (aput ANGERAMI,et al, 1996): “[...] o processo de adoecer na quase totalidade dos casos, traz em seu bojo uma configuração de total falta de sentido para o próprio significado existencial do paciente [...]”
A pessoa doente só percebe isso quando sente algo que limita sua função enquanto ser social. De acordo com Moura (aput ANGERAMI,et al, 1996): ”[...] o paciente traz, com a sua doença, a sua história[...]”.
O adoecer, que leva a possibilidade da doença, gera no sujeito caracterizado como paciente a modificação de sua identidade pessoal; Os aspectos pouco valorizados do dia-a-dia ganham extrema importância frente à internação.
Nessa temática de Hospitalização a doença é o que importa e não o sujeito. Há um esvaziamento dele. Tanto ele como a doença, passam a ser objetos das ações de saúde. A doença e o sintoma não são vistos como tendo um sentido, não são compreendidos. O que importa é a produção, os números, o uso dos equipamentos de última geração e, por fim, a medicação e a cirurgia, podendo ser intitulado o sujeito no contexto, como “ mero objeto de mercantilização”.
Ao ser hospitalizado, o sujeito deixa sua rotina e ganha uma nova, seus hábitos são reorganizados de acordo