Reflexão v domingo da quaresma – ano c
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Reflexão 17/03/2013 – V Domingo da Quaresma – Ano C Nestes últimos dias de Quaresma vai se intensificando a nossa preparação para o Tríduo Pascal que nos leva a celebrar a Páscoa do Senhor. Na 1ª leitura de hoje o profeta Isaías nos convida a olhar para frente, para o mistério que é maior que qualquer outra ação de Deus: o mistério do Filho em sua paixão, morte e ressurreição: “Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. Eis que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis”. Mais que a criação, mais que a travessia do Mar Vermelho, mais que a água jorrada da rocha… o Senhor fará algo definitivo! Ele abrirá uma estrada no deserto, fará correr rios em terra seca! À luz da Páscoa imaginemos algumas cenas: o Senhor Jesus nos abrirá no deserto da morte – e das mortes da vida – uma estrada de vida, um caminho para o Pai, nos ensinará o caminho da vida! O Senhor Jesus fará brotar de seu lado aberto o rio da graça, o rio dos sacramentos, do Batismo e da Eucaristia, o sangue e a água que regam e fertilizam a nossa pobre existência! E como diz o livro de Isaías “farei coisas novas!” Nunca esqueçamos que a Páscoa do Senhor – Passagem deste mundo para o Pai, atravessando o tenebroso vale da morte – é também a nossa Páscoa: Passagem pela vida neste mundo, que terminará com Cristo na plenitude do Pai; mas esta passagem acontece já agora, Passagem sempre renovada do pecado para a graça, dos vícios para a virtude, de uma vida centrada em nós mesmos, para uma vida centrada com Cristo em Deus. É este o sentido do Evangelho deste Domingo: a mulher pecadora, renovada pelo perdão do único que poderia condená-la, porque é o único Inocente: “Eu não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Diante do Cristo, o Inocente que por nós será entregue e que por nós, livremente vai se entregar: como não nos reconhecermos culpados? Como não termos vergonha de julgar e condenar os demais? Como não nos sentirmos amados, acolhidos e