Reflexão sobre o filme sociedade dos poetas mortos
O filme apresenta dois modelos de educação: o tradicional (arcaico) e o contemporâneo.
O primeiro é perpassado pela academia Welton - internato masculino -, um modelo de escola preparatória, marcada por concepções tradicionalistas, organizada de forma autoritária, individualista com poder centralizado, que não respeita o aluno considerando-o como objeto a ser moldado, centrada na figura do professor e na transmissão dos conhecimentos. Onde o professor, detém o saber e a autoridade, exerce o ato de ensinar, limitando-se apenas a transmissão de conteúdos, não se preocupa em fazer o aluno aprender a pensar, e desenvolve a educação tradicional, baseada nos princípios da Tradição, Honra, Disciplina e Excelência. Ele se apresenta como modelo a ser seguido, dirige o processo de aprendizagem e o aluno atua como um simples receptor de conhecimentos, sendo a obediência uma virtude neste modelo.
A Escola apresenta assim, um modelo de educação que aliena seus alunos ao aceitamento do mundo sem questionamentos, haja vista que conteúdos são reproduzidos de maneira arcaica, ultrapassada, com extremo rigor, e não possuem ligação com o meio exterior, com a vida social dos alunos, resultando na formação de alunos despreparados para conviver em sociedade e adestrados para aceitar tudo que lhes é imposto.
O modelo contemporâneo é defendido no filme pelo professor, John Keating. Um ex aluno da Academia, que com seu estilo de ensino nada convencional, tampouco conservador, elimina estereótipos e com um modelo renovador de educar, desafia o modelo de ensino tradicional da escola. Ele introduz novas metodologias de ensino ao lecionar em diversos lugares, de variadas formas, pregar o “Carpe Diem” (Aproveite o dia), e inspira seus alunos a seguirem seus próprios sonhos e a viverem vidas extraordinárias.
Keating prega um modelo de ensino que não é pautado no professor, mas que mantém o aluno no centro de todas as