Reflexão sobre o artigo Masculinidade em Crise de Miriam Goldenberg
“Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” este velho ditado popular ilustra a importância do entendimento entre o casal, seja ele heterossexual ou homossexual. Esse entendimento vai muito além do casal, no momento que pesquisadores começam a focar seus estudos nas características semelhantes nos comportamentos de homem e mulheres com relação as suas expectativas com o sexo diferente. E suas conseqüências na organização da estrutura familiar, onde os papéis de cada indivíduo hora se invertem, hora tentam regressar ao estado anterior. Criando uma série de conjecturas, principalmente, sobre o avanço do papel da mulher na sociedade e a perda de espaço do homem contemporâneo. Vamos abordar de forma bastante simples algumas das caracterizações (estereótipos) que são proferidas em determinadas situações.
Em momentos que o elogio a mulher refere-se à possibilidade de um relacionamento afetivo, surgem adjetivos como: “moça prendada”, “excelente dona-de-casa”, “senhora de respeito”, “essa... é pra casar”, quando ela se enquadra no padrão clássico preconizado pela sociedade anterior a década de 80, e ainda presente até hoje com menos força. Do outro lado quando os aspectos são negativos surgem falas como: puta, mulher da vida, “mulher da rua”, “fácil demais”, ”sabonete”, “maria gasolina”, “corrimão de quartel”, “não se dá ao respeito”. Essa dicotomia ainda é presente na sociedade mas atua com menos presença que outrora, principalmente pela mudança de comportamento e expectativas que são esperadas em situações de relacionamentos afetivos. Normalmente essa percepção transpassa pela opinião dos mais velhos, que pode ou não influenciar os mais jovens. Na vida laboral a mulher encontra-se em uma situação onde a diferença salarial em torno de 27,7% abaixo da média salarial masculina é acentuado em cargos de nível superior. Segundo pesquisa do IBGE:
“Os dados, baseados na Pesquisa Mensal do Emprego (PME) de 2009, mostram que a média salarial das mulheres