Reflexão sobre a violência no Rio de Janeiro

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Todo carioca, pelo menos uma vez na vida, já teve a inquietante sensação ao assistir ou ler um jornal na Cidade Maravilhosa, de que a matéria não era novidade. A impressão de estar ouvindo um disco arranhado, ou ainda, de estar diante de uma reação psicológica conhecida como Déjà Vu, se justifica pelo conteúdo das mensagens.

Inegável que a internet, por meio de suas famosas mídias sociais, contribui de forma efetiva para a multiplicação da informação – on time, full time -, fazendo com que as notícias apresentadas nos meios de comunicação tradicionais ou clássicos se pareçam muitas vezes repetidas, senão ultrapassadas.

A realidade é que independentemente da questão sensorial ou temporal, recebemos, diariamente, uma verdadeira avalanche de dados, processados, manipulados e organizados, propositalmente ou não, de tal forma que acaba por representar a realidade corriqueira de nossas vidas.

Assim, qualquer que seja a fonte de informação, a violência detém o destaque. E mais, indubitavelmente, as histórias se repetem: os lugares mais perigosos e críticos permanecem afastados do “cinturão da segurança”, popularmente conhecido como zona sul; as zonas norte e oeste, além da baixada fluminense se mantêm como regiões submetidas à toda barbárie; as comunidades carentes estão transformadas em inóspitas áreas de plena guerra urbana; as maiores vítimas permanecem sendo, em sua incontestável maioria, jovens, negros, pobres, policiais, milicianos e “justiceiros”.

A violência é insuportável. As pessoas vivem e convivem movidas à base da esperança, do “seja o que Deus quiser” e do famoso “vai dar certo”. Alguns, infelizmente, já “entregaram os pontos”. Os mais céticos não acreditam em solução divina ou mágica. Curiosamente, os mais crédulos, em especial os cristãos, apesar do conhecimento acerca da crueldade a qual Jesus Cristo fora submetido, defendem a pena morte, bem como medidas repressivas mais rígidas, em geral desumanas.

O fato é que as mudanças somente

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