Reflexão fundamentada sobre a emigração e imigração em portugal
DR3 Portugal como pais multiétnico e multicultural
Professora Helena Magina
Reflexão fundamentada sobre a emigração e imigração em Portugal
A emigração é o acto e o fenómeno espontâneo de deixar seu local de residência para se estabelecer numa outra região ou nação. A emigração é a saída de nosso país. Os portugueses optam por emigrar para outros países por necessidades essencialmente económicas. No entanto muitas pessoas emigram por condições políticas desfavoráveis, perseguições religiosas ou guerras. Há outras razões de cunho individual, como a mudança para o país do cônjuge estrangeiro após o casamento ou ir para um país de clima mais ameno após a reforma. A situação geográfica de Portugal, num extremo da Europa, sempre provocou problemas de isolamento cultural. As coisas chegam aqui com muito atraso, este é o lamento que se repetiu durante séculos e que explica a partida de muitos milhares de portugueses para o estrangeiro. Entre princípios dos séculos XVI e inícios do XX, tivemos ferozes perseguições religiosas a judeus e cristãos-novos portugueses. Muitos milhares foram forçados a partir, para sobreviverem a espalharem-se por todo o mundo. No século XX, as perseguições políticas que ocorreram entre 1926 e 1974, a que se juntou entre 1961-1974 a fuga de centenas de milhares de jovens ao serviço militar ajudaram a engrossar este massa emigratória. Na verdade entre o século XVII e meados do século XX, da maioria dos países europeus passaram a sair regularmente importantes contingentes de emigrantes para as regiões menos povoadas do mundo ou territórios que estes dominavam (colónias). Os maiores destes emigrantes eram trabalhadores excedentários das zonas rurais. Calcula-se que entre 1800 e 1935 cerca de 50 milhões de europeus tenham emigrado para África, Américas, Ásia e Oceânia. Espanha, Angola e Reino Unidos são, de acordo com os números do último ano, os países para onde mais emigram os portugueses, a maior parte para