Reflexão crítica do livro Cuidado, Escola!
IP – PED
Disciplina: Psicologia Escolar
Aluno: Eduardo R. C. S. Silva
Matrícula: 14/0019324
Data: 01/04/2015
REFLEXÕES CRÍTICAS ACERCA DO LIVRO CUIDADO, ESCOLA!
O livro Cuidado, Escola! trata resumidamente do histórico e da inserção da escola na sociedade contemporânea. Nesse apanhado é traçada uma rota dessa instituição da idade média até o início dos anos 80.
Desse panorama, a primeira coisa que me saltou aos olhos foi o trio mestre-conhecimentoaluno. Nessa articulação, em todos os momentos, o aluno sempre é tratado como uma folha em branco; a obra que será escrita para Deus (na Idade Média), a obra que será preparada para o capitalismo industrial e, posteriormente, a obra que será elaborada para preencher um espaço preexistente no mercado de trabalho das sociedades contemporâneas.
Dentro desse mesmo flashback histórico, o status da escola também me chamou a atenção.
Na Idade Média, ela era extensão da própria Igreja. Isso deixava claro a inquestionabilidade de seus ensinamentos – filha íntima da religião católica (no sentido institucional), ela era, a priori, um corpo sólido de saberes e normas intelectuais. No fim do feudalismo e início da civilização industrial europeia, a escola assume um papel mais pragmático; passa a “preparar” as classes trabalhadoras e intelectuais para os seus respectivos postos.
Nesse ponto, acho extremamente pertinente fazer algumas observações. No período feudal, essa instituição não possui bases “terrenas”, digamos assim. O seu trabalho possuía um objetivo quase transcendental. As pessoas não aprendiam latim porque isso melhoraria suas condições materiais – até porque pertencer à nobreza já era pré-requisito para estudar. Sucintamente, o estudo visava a contemplação e a meditação mais perfeita de Deus. No entanto, com a ascensão da burguesia, do comércio e da indústria, a escola foi adaptada (nesse momento histórico, foi visível a
perda de unidade e de força ideológica da Igreja. Deus, de certa forma,