Reflex O Encontro Marcado Com A Loucura
Quando iniciamos as aulas de psicopatologia, a primeira coisa que me passou pela cabeça foi:
Nossa, que incrível, enfim poderei ter a oportunidade de passar por esta experiência, mas logo em seguida já começaram a surgir duvidas. Será que vou conseguir? Será que serei uma boa profissional? Será que terei medo?
Pois bem, lendo este livro e assistindo as suas aulas fui percebendo que era muito mais do que isso, minha ótica foi mudando o foco, já não me questionava da mesma maneira, apesar de no momento as aulas práticas ainda não terem ocorrido comecei a pensar de outra forma, não, mas pensando só se seria uma boa profissional, e sim olhando de fato para as pessoas, vendo que são seres humanos, que precisam de ajuda, mas não por serem “loucos”, por que afinal, quem não é, mas percebendo o quão era pesado para aquelas pessoas viver e lidar com a realidade.
O Livro realmente transpira amor, assim como suas aulas, é apaixonante, e me fez ter uma noção maior da realidade daquelas pessoas (e acredito que de toda a sala) e também a questionar a política do nosso país, a historicidade faz parte de um processo que vem se transformando, mas ainda existe muito a ser feito, acredito sim que as pessoas que estão institucionalizadas precisem de atendimento multidisciplinar, ajuda terapêutica, médica, trabalhos voluntários, ter acesso a arte, a musica etc., mas acredito que mais do que isso, eles precisem de sua liberdade, fazer suas escolhas, decidir ir ou vir, poder ter contato com a sociedade, ter contato com família, esta ultima pra mim é a mais importante, vejo que a grande maioria dessas pessoas sofrem muito não só pelo patológico e sim pelo abandono, o que vejo (no momento através de filmes e documentários) não são pessoas “loucas” e sim pessoas abandonadas, uma realidade muito cruel, um sofrimento que gera uma angústia muito grande.
Não que a patologia deva ser ignorada, mas tratada com muito respeito e dignidade, sendo