Archigram foi um grupo de arquitetos ingleses formado em 1961 - embora o grupo só tenha adotado o nome de fato em 1963 - com base na Architectural Association School of Architecture, em Londres, cujas propostas buscavam um diálogo mais próximo com o contexto cultural da época. Se inspirou na tecnologia como forma de expressão para criar projetos hipotéticos, na tentativa de resgatar as premissas fundamentais da arquitetura moderna (Cf. magazine Archigram no.1, 1961), resguardadas as particularidades da época. Seus principais membros foram Peter Cook, Warren Chalk, Ron Herron, Dennis Crompton, Michael Webb e David Green. Outros contribuiram com o magazine de forma esporádica. A intenção do grupo inglês era a publicação de uma revista de arquitetura ilustrada que divulgasse a produção do grupo mas, mais do que isso, fosse um instrumento de comunicação direta e de crítica às formas tradicionais de produção, representação e de ensino de arquitetura. A publicação recebeu o nome de Archigram, nome composto através da união das palavras architectural + telegram, ou aerogram 1 . Já neste momento é possível identificar um primeiro rompimento proposto: a produção da arquitetura entendida pelo grupo através da sua inserção na comunicação midiática, cuja linguagem adotada reforçava a cultura de massas; seja pela própria adoção da revista como meio de expressão arquitetônica, seja pelo uso de uma linguagem pouco ou nada particular e fechada ao universo da disciplina, compreendendo os elementos linguísticos pop, retirados das histórias em quadrinhos (comics), da propaganda, da televisão, de fotografias; compondo híbridas montagens. Publicaram suas idéias no panfleto Archigram a partir de 1961. Obtiveram grande notoriedade com a exposição Living City, no Institute of Contemporary Arts, em 1963. Defendiam uma abordagem high tech, com infra-estrutura leve, explorando o universo das estruturas infláveis, computadorizadas, ambientes descartáveis, cápsulas espaciais e imagens de