Referência Bibliográfica “Identidades Juvenis e Dinâmicas de Escolaridade” de Pedro Abrantes
Tema: Referência Bibliográfica “Identidades Juvenis e Dinâmicas de Escolaridade” de Pedro Abrantes
A socialização é um processo interactivo, indispensável e obrigatório, para o desenvolvimento de cada indivíduo. É neste processo, que vai sendo construído e que nunca tem fim, que os indivíduos e os grupos aprendem e interiorizam as normas culturais e os valores próprios, do contexto social a que pertencem. Este inicia-se com o nascimento e, embora sempre sujeito a mudanças, permanece ao longo de todo o ciclo vital. A socialização distingue-se em primária (ligada à infância e ao desenvolvimento psicofísico no estreitamento da relação com a família) e, secundária (dependente maioritariamente da aceitação de um papel laboral).
O processo de socialização é assistido de factores de socialização, ou seja, são agentes de socialização os contextos socias onde ocorrem significativos processos de socialização. Nas sociedades ocidentais estes parecem ser sobretudo a família, a escola, o grupo de iguais e os mass media.
O texto de Pedro Abrantes “Identidades Juvenis e Dinâmicas de Escolaridade”, remete-‑nos para um argumento pensado, muitas vezes, como temas independentes. Contudo, podemos verificar que as identidades juvenis e as dinâmicas de escolaridade desenvolvem-se através de uma profunda articulação nas sociedades contemporâneas.
É importante compreender o papel da escola enquanto espaço importante para o processo de socialização dos jovens. A escola é um dos principais agentes de socialização e, em muitos casos até a primeira, no lugar da família; é nesta que os jovens aprendem a socializar-‑se através da aquisição de valores éticos e morais e, é nesta que os jovens constroem parte da sua identidade de ser e pertencer ao mundo.
A escola, nos dias de hoje, para uns é uma instituição fundamental para a construção do percurso de vida e do projecto identitário, pois os jovens já não vão simplesmente à escola –